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Líderes do Congresso dos EUA exigem ações urgentes para proteger cristãos perseguidos na Nigéria

Líderes do Congresso dos EUA exigem ações urgentes para proteger cristãos perseguidos na Nigéria

Um grupo de parlamentares norte-americanos fez um forte apelo ao governo dos Estados Unidos para que adote medidas imediatas em defesa dos cristãos que vêm sofrendo perseguição na Nigéria. Eles pedem que o país africano volte a ser incluído na lista de “Países de Preocupação Particular” (CPC) — classificação usada pelo governo americano para monitorar nações onde há graves violações à liberdade religiosa.

Nigéria é descrita como o lugar mais perigoso do mundo para cristãos

O pedido foi motivado por um relatório recente da organização International Christian Concern (ICC), que revelou que 82% dos cristãos assassinados por causa de sua fé entre 2022 e 2023 estavam na Nigéria. O documento classifica o país como “o lugar mais perigoso do mundo para os cristãos”, devido ao aumento dos ataques promovidos por grupos extremistas e milícias étnicas.

“Cristãos estão sendo perseguidos e mortos na Nigéria simplesmente por professarem sua fé em Jesus Cristo”, afirmou o deputado Riley Moore em uma publicação na plataforma X (antigo Twitter).

Moore ainda acrescentou: “Esses assassinatos precisam parar. Por isso, estou pedindo ao secretário @SecRubio que designe a Nigéria novamente como um País de Preocupação Particular. Devemos usar todas as ferramentas diplomáticas para encerrar esse massacre terrível de nossos irmãos e irmãs em Cristo.”

O congressista também reforçou que os Estados Unidos não podem permanecer inertes enquanto cristãos continuam sendo massacrados no país africano.

Senador Ted Cruz denuncia massacre e cobra ação moral dos EUA

Entre os principais nomes que lideram o movimento está o senador Ted Cruz, que classificou a situação na Nigéria como um “massacre em larga escala”. Segundo ele, desde 2009, cerca de 50 mil cristãos foram mortos, além da destruição de 2 mil escolas e 18 mil igrejas.

Cruz enfatizou que o governo americano tem uma obrigação moral de pressionar a Nigéria e restaurar sua designação na lista de países de preocupação particular. Personalidades da mídia, como Bill Maher, também se uniram ao apelo, pedindo mais visibilidade ao tema e criticando o silêncio da imprensa internacional diante da perseguição.

Governo nigeriano nega perseguição religiosa

O ministro da Informação da Nigéria, Mohammed Idris Malagi, negou as acusações de perseguição religiosa. Segundo ele, “retratar os desafios de segurança da Nigéria como uma campanha direcionada contra cristãos é uma distorção grosseira da realidade”.

Malagi destacou que os ataques também afetam muçulmanos e outras comunidades locais. Já o analista Ladd Serwat, da organização Armed Conflict Location & Event Data Project (ACLED), afirmou que o conflito nigeriano é multifacetado e vai além da questão religiosa.

“Embora a religião seja um fator importante, não se pode reduzir toda a violência a esse aspecto. As disputas por terra, a pobreza e a falta de governança local também alimentam o ciclo de violência”, explicou o especialista.

Pressão aumenta sobre o governo americano

Os congressistas americanos querem que o Departamento de Estado volte a classificar a Nigéria como um País de Preocupação Particular — status que foi retirado em 2021. Essa medida forçaria Washington a adotar sanções diplomáticas e econômicas contra autoridades ou grupos envolvidos em violações da liberdade religiosa.

De acordo com a ICC, a retirada da Nigéria dessa lista contribuiu para o agravamento da violência, resultando em mais sequestros, vilarejos destruídos e assassinatos de pastores e fiéis. As regiões mais afetadas são o Centro-Norte e o Norte do país, onde atuam o Boko Haram, o Estado Islâmico da África Ocidental (ISWAP) e milícias de pastores fulani.

Crise humanitária e apelo por resposta internacional

Organizações de direitos humanos alertam que o silêncio internacional diante da crise nigeriana representa uma falha grave. Por ser o país mais populoso da África, a instabilidade da Nigéria ameaça toda a segurança regional e pode gerar impactos profundos em outras nações do Sahel.

A ICC e líderes cristãos americanos consideram essencial o reconhecimento oficial da crise para conter o ciclo de impunidade e violência. “Estamos diante de um genocídio silencioso. A liberdade religiosa só existe quando há vontade política de protegê-la”, afirmou um porta-voz da organização.

Até o momento, o governo dos Estados Unidos ainda não se pronunciou oficialmente sobre o novo pedido, mas o tema deve entrar em pauta nas próximas sessões do Comitê de Relações Exteriores da Câmara.

Fonte: Guiame, com informações do Christian Concern
Atualizado: quarta-feira, 22 de outubro de 2025 às 13:07

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