Na noite de sexta-feira (21), o ex-vereador Gabriel Monteiro foi libertado do Presídio Pedrolino Werling de Oliveira (Bangu 8), na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Poucas horas depois, já na madrugada de sábado (22), ele apareceu em uma foto publicada nas redes sociais por sua esposa, Ana Carolina dos Santos Chagas.
Monteiro estava detido desde novembro de 2022, período em que também perdeu seu mandato na Câmara Municipal. A acusação do Ministério Público do Rio de Janeiro apontava que uma jovem de 22 anos denunciou o ex-vereador por tê-la forçado a manter relações sexuais sob ameaça de uma arma.
Registro nas redes sociais e casamento na prisão
Após sua soltura, a esposa de Gabriel Monteiro compartilhou uma foto em que aparece beijando o ex-parlamentar, acompanhada da legenda: “meu marido, meu amigo, meu companheiro, meu anjo”.
Durante o período em que esteve preso, Monteiro se casou com Ana Carolina, em maio de 2023. De acordo com ela, um oficial do cartório foi até a unidade prisional para recolher a assinatura nos documentos que formalizaram a união. O casal optou pelo regime de separação total de bens e não alegou motivo específico para oficializar o casamento naquele momento.
Decisão judicial e restrições
A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça concedeu liberdade a Gabriel Monteiro, impondo algumas medidas cautelares. Ele precisará usar tornozeleira eletrônica, não poderá sair do Rio de Janeiro e deverá comparecer periodicamente à Justiça. Além disso, está proibido de entrar em contato com a vítima.
A acusação contra Monteiro envolve um episódio ocorrido em julho de 2022, quando a jovem de 22 anos relatou ter sido coagida a manter relações sexuais com o ex-vereador sob ameaça de uma arma. Ele também teria tentado registrar o ato em vídeo.
Ao deixar a prisão, Monteiro declarou: “Acredito que Deus está fazendo justiça por mim”. O processo tramita em segredo de Justiça, e ele tem um prazo de cinco dias para se apresentar e colocar a tornozeleira eletrônica.
Carreira política e polêmicas
Gabriel Monteiro foi eleito vereador do Rio de Janeiro em 2020, inicialmente pelo PSD, sendo o terceiro mais votado na ocasião. Posteriormente, migrou para o PL. Antes disso, fez parte do Movimento Brasil Livre (MBL).
Seu mandato foi marcado por polêmicas, incluindo invasões a instalações públicas sob o argumento de fiscalizar serviços. Durante essas ações, sempre acompanhado por assessores, produzia vídeos para suas redes sociais, onde monetizava o conteúdo. Estima-se que sua receita mensal com essas produções chegava a R$ 300 mil.
